quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O negro na literatura e no livro didático

O negro na literatura e no livro didático
Na literatura ao longo da História podemos observar o estereótipo que engendrado a imagem do negro, sempre colocado com aparência animalesca, sem forma humana. Em suma quando citado sua característica física e moral, são lembrados de forma pejorativa como: “beiçudo”, “fedido” e etc.
A negra era na maioria das vezes tida como uma doméstica, sempre em seu trabalho na cozinha da casa grande ou na senzala, outro modo de enxerga a negra era a sensual, devoradora de homens sempre disposta a saciar sexualmente seus parceiros ou senhor.
Podemos notar também na literatura de Monteiro Lobato o negro tio Barnabé e tia Anastácia, figuram sempre como subserviente, feios, serviçal.
Na década de 90 para cá houve uma singela mudança na presença do negro na literatura, se antes nunca foram protagonista, hoje algumas raras vezes é o personagem principal, porém ainda sua imagem esta muito aquém de sua importância.
No livro didático o negro nunca foi visto como uma figura importante sempre aparece como escravos, inferiores, serviçais. Tais livros abordam de formas superficiais, as suas resistências, colocando-as como manifestações individuais, ao invés de coletivas, não tratam com o devido respeito à complexidade cultural Africana, não da base para que os alunos possam refletir sobre o papel do negro na sociedade Brasileira.
No Brasil entre 1975 e 2003, os livros didáticos de Português trouxeram 1 negro para cada 16,7 brancos, um número assustador em desigualdade.
A muito ainda a ser feito em relação ao preconceito, temos que analisar com calma os livros didáticos e literários, na maioria das vezes carregam no seu conteúdo, manifestações de preconceito étnico mesmo que não explicitamente como antes, devemos ler e desconstruir essas idéias, dando base e ferramentas aos alunos para serem cidadãos críticos, só assim teremos uma educação de qualidade.

(Marcelo de S. Damacena)



Referencia bibliográfica:
Carta na escola – Abril de 2008 – edição Nº 25. Editora: Moderna

Leia mais:

PIZA, Edith.
O caminho das águas: estereótipos de personagens negras por escritoras brancas. São Paulo - Edusp, 1998.

SOUZA, Andréia L.A.
Representação da personagem negra feminina na literatura infanto-juvenil brasileira IN: Secad/MEC (org) Educação anti-racista: caminhos abertos pela lei federal nº 10.639/03.
Brasília: secad/MEC, 2005.

LIMA. Heloisa P. Personagens negros: um breve perfil na literatura infanto-juvenil. In. MUNAGA, Kabengele (org). Superando o racismo na escola. Brasília, MEC, 1999, pags. 101- 116.

5 comentários:

Unknown disse...

ai tem qui fala mesmo pra eces filada qui vc sabi qui não saber qui nois estamos no seculo vinte um nois yem qui mete o pena globo esis safados so poque os negros augus são ricos eles não que dize qui eles robaros eles lutaros como todo sidadão o nesto é essa foi minha sugestão

Anônimo disse...

Esse preconceito etnico eh uma herança ignominosa de um passado recente e que deveriamos hj em dia, ver com repudio.
No entanto impressiona como esse pensamento racista ainda esta implicito em varias situaçoes do dia-a-dia que acabam se banalizando.
Nao se trata simplesmente de um apelido por brincadeira ou de uma gozaçao infantil; quando ouve-se os apelidos e cliches sobre negros, oq esta em jogo eh um pensamento que jah matou, humilhou e vitimou incontaveis vidas.
E se esse tipo de pensamento esta numa ferramenta que pretende formar um cidadao, o livro didático, devemos repensar toda a qualidade do ensino e avaliar qual sera a extensao dos danos que tais "informes sugestionaveis" trarão para nossa sociedade.

Mary Adonai disse...

Certamente muita coisa ainda tem que mudar. A comecar por cada um de nós... O preconceito deve ser combatido e é possível educar nossas crianças, e a nós mesmo.
Preconceito é a idéia que temos sobre alguma pessoa antes de conhecê-la.
Existe muita discriminação no mundo , mas vocês sabem quem sofre a discriminação? Os deficientes físicos e mentais , raciais , sociais e de classe.
Essas pessoas que sofrem o preconceito devem ser o dobro das outras pessoas,
Porque assim elas serão reconhecidas. Aquela pessoa que tem preconceito, carrega consigo, mesma uma consciência pesada, que depois recairá sobre ela. As pessoas devem ser tratadas
com respeito, e não como um objeto qualquer. A diferença de cor não é importante, porque somos todos humanos e filhos de Deus, e Deus não tem cor.
O mundo seria bem melhor sem nenhuma discriminação. Portanto é preciso que Jogue preconceito no lixo.

Mary Adonai disse...

Olá! Marcelo, esqueci de parabenizar pelo blog. Parabéns! Tema esencial para ensinar a sermos mais humano.

Anônimo disse...

Os negros devem ficar felizes por terem sido escravos no Brasil, se fosse em outra área da américa do sul...