quarta-feira, 22 de abril de 2009

Bom senso!!

Descartes estava mesmo muito certo!!!

Quando se vê que no nível de consciência alcançado pelo ser humano, ainda tem gente, muita gente que vê o mundo de uma maneira completamente inacreditavelmente feérica!! Outro dia ouvi de alguém que esta colocado numa posição de, digamos um formador de opinião, visto cargos e rendas, enfim, de alguém assim ouvi a frase” Não existe fome no Brasil!”

Sinceramente não consigo ver como alguém que tenha ao menos uma televisão em casa, oq hoje seria a maior parte da população, pois dos que naum tem televisão podemos apenas esperar que eles são os tais de quem vamos falar, os pobres, mas muito pobres...

Pensemos entaum somente nos maiores de 18 anos, dos quais espera-se cumpram com suas obrigações legais que a sociedade lhes impor por entender “maior-idade”.

Deste grupo penso ser mínima a quantidade de pessoas que nunca viram uma e somente uma reportagem sequer sobre fome. Estou sendo muito exigente? As pessoas realmente não sabem que existe fome ao lado deles?

Ouvi também que isso tudo, essa diferença grande entre uns que morrem de fome, direta ou indiretamente pelos problemas acarretados por esta (como diria a Rabeca); entendamos que o fato de que uma pessoa pagar 10000 reais numa garrafa de bebida e outra não ter capacidade de comer, esse fato é demasiado desconcertante para ser ignorado. Entendamos que o tipo de anomalia social isso se mostra, é assustador e que ainda assim tem um nome político-socialmente correto e pouco pesado, a Desigualdade Social”

Enfim...

Não canso de tentar entender que tipo de criação ou formação ou trauma o que quer que seja que essa pessoa teve em vida, não sei o que pode ter causado o fato de que acreditam quando dizem que essa vergonhosa desigualdade social nada mais eh do que INVEJA!!

Inveja...

Uma pessoa morre de fome por inveja? Não consigo entender pq....

Não consigo entender como pessoas assim podem se considerar com Bom Senso...

Descartes estava certo!!

Paulo Desiderio

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sobre a violência e a anestesia social

Naturalmente. É assim que se reage hoje a atos de violência cada vez mais devastadores.

Tanto se vê na TV, e nos noticiários, internet e conversas de mesa de bar, que um assassinato ou mais um ato hediondo se equipara simplesmente a um jogo de futebol, somente por vezes podendo competir em audiência com o final de uma novela das oito, como no caso do jovem de Santo André, e antes disso a pequenina morta na queda da janela. Atualmente fica difícil pontuar qual o último ato que se supera em crueldade e ignomínia. Se fossemos citar precisaríamos de mais linhas do que realmente me disponho a escrever sobre tal sordidez.

Nessa proporção, podemos ver que em pouco tempo precisarão ocorrer fatos que se equiparem com o próprio Holocausto para que a sociedade se de conta de sua auto-seleção natural, onde os mais fracos, nesse caso financeiramente, serão( ou estão sendo) as grandes vitimas.

E todo esse processo de cegueira saramaga, eh resultado do bombardeio maciço de noticias moldadas, programas inescrupulosos e atrações alienantes responsáveis pela massificação da população e que estão sempre presentes em nosso dia-a-dia... Os meios de comunicação, cujo comando eh encabeçado pela Televisão, tem o papel de atenuar todas as misérias e todos os dramas do ser humano, para que o cidadão possa ter sua consciência “amaciada” e trate tais mazelas com mais naturalidade.

Diga-me você o quanto te choca ver um corpo morto jogado no chão de uma rua, no momento em que você diminui a velocidade do carro pra ver a merda, ou qdo se joga sob a pessoa que esta sentada perto da janela do ônibus em que você esta só pra ver... Se isso realmente te chocasse você não ia querer ver, mas realmente não te atinge pois dioturnamente você é bombardeado com morte embalada, que não te faz mal algum, pois com certeza você não tem medo de ser atingido pelos tiros de um soldado americano no Iraque ou de seu pseudo-compatriota israelense em Gaza.

Tudo isso, faz com que seja normal quando saimos pelas ruas e vemos assassinatos, violência policial e toda sorte de mazelas....

Esses acontecimentos não se encaixam logicamente em um convivio social normal e assim sendo deveriam ter reflexos devastadores em uma sociedade.

Mas o que acontece é a resignação. A aceitação do maldito Fato Social. Uma auto-comiseração simbólica.


O que mais será necessário acontecer para que voltemos à nossa lucidez e voltemos a olhar pra nós e para os outros com o respeito que é inerente a uma espécie que se auto-denomina Homo sapiens sapiens (latim para homem duplamente sábio, homem racional)


Paulo desiderio

sábado, 13 de dezembro de 2008

AI-5, 40 anos depois

No dia 13 de dezembro de 1968 e então presidente militar Costa e Silva assinava a ato institucional N° 5, este veio depois da câmara não conceder licença para processar o deputado Marcio Moreira Alves, que em um discurso pediu para que o povo brasileiro boicotasse as festividades de 7 de Setembro.
O AI-5 teve como suas principais medidas:
O fechamento Congresso Nacional por prazo indeterminado;
decretou o recesso dos mandatos de senadores, deputados e vereadores. Estes ainda continuaram a receber parte fixa de seus subsídios;
autorizou, a critério do interesse nacional, a intervenção nos estados e municípios;
tornou legal legislar por decreto-lei;
autorizou, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis;
O Presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo;
suspendeu a possibilidade de qualquer reunião de cunho político;
recrudesceu a censura, determinando a censura prévia, que se estendia à música, ao teatro e ao cinema de assuntos de caráter político e de valores imorais;
suspendeu o habeas corpus para os chamados crimes políticos.

Além disso proibio as manifestações publicas de caracter politico.

O AI-5 é um marco grotesco em nossa história não pode passar sem que haja um reflexão, ou vivemos em libertadade ou morreremos lutando.

domingo, 2 de novembro de 2008

AUTONOMIA

O que é autonomia? Autonomia significa ser governado por si mesmo, tomar suas próprias decisões o oposto de heteronomia que significa ser governado por outra pessoa.
Uma criança com poucos anos de vida pode ser considerada heterônoma, afinal ela é dependente de um adulto em todos os aspectos de sua vida,sem o auxilio e governo de um adulto ela dificilmente sobreviveria, mas essa heteronomia tanto moral quanto intelectual se dissipa ao longo dos anos de amadurecimento e experiência de vida, e ela então se torna um ser autônomo. Será?
Vamos então falar do nosso país onde podemos talvez falar com mais propriedade. Uma nação que assiste as noticias da televisão muitas vezes falhas, sem bases fundamentadas e acredita como sendo a absoluta verdade, bem como se a televisão, um grande jornal, ou revista fosse o formador da Sua opinião, um povo que sofre diariamente as más condições de saúde, de transporte público, de educação sem se mover para fazer diferente como se esperasse a intervenção sempre de alguém (será o adulto?) para resolver seus problemas, que se depara com a realidade de constantes escândalos políticos sem tomar qualquer tipo de iniciativa. Um povo que assiste à tudo como mero expectador podendo ser o protagonista. Será esse um povo, uma nação autônoma? Talvez a resposta seja não. Onde está então o problema?
Se um bebê em seus primeiros anos de vida é heterônomo o que é preciso fazer para que ele se torne autônomo? Deixa-lo desde pequeno responsável por pequenas decisões e atitudes e deixa-lo se deparar com as conseqüências dessas ações, será que é feito isso com nossas crianças? Vemos escolas e professores que tolhem a criatividade de seus alunos que reforçam a heteronomia com punições sem reciprocidade que apenas os ensinam a calcular com mais precisão como fazer algo errado sem ser pego da próxima vez (não será o caso dos nossos políticos?) ou ensinam a apenas a abaixar a cabeça para tudo e se tornar um eterno conformista que sempre espera o outro pensar por ele (não é esse o nosso povo?) Escolas que inconscientemente impedem seus alunos de desenvolveram a autonomia, utilizando-se de prêmios, recompensas e castigos para impor as regras e padrões dos adultos.
A autonomia é tanto moral quanto intelectual, é a capacidade de pensar logicamente, mas ela não é inata precisa ser estimulada constantemente, precisa ser entendida como algo essencial ao ser humano e objetivo da educação, uma educação que visa mudanças para seu povo, seu país, mas que só irá acontecer quando mudarem-se as bases e aí será possível mudar o todo.


Rebeca Bessa